EME da UNIJORGE conta com a presença do SENGE – BAHIA

Assessoria de Comunicação  – Fernanda Lima

Geógrafa, militante da Marcha Mundial das Mulheres e do coletivo de mulheres da FISENGE. – Júlia Garcia
Desde fevereiro o DCE Unijorge, gestão Jubiabá, em parceria com os DAs da universidade, estão promovendo pré-encontros como forma de preparar as participantes do I Encontro de Mulheres Estudantes da Unijorge (EME), que na Bahia, é o primeiro a ser realizado por uma Universidade Particular.
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Idealizado por um núcleo  de mulheres e pela Psicóloga da Unijorge, o evento realizado do dia 17 a 19 de Março, contou com uma programação ampla, nos campus do Comércio e Paralela, com rodas de conversa e oficinas. As participantes tinham um espaço reservado para as crianças, assim mães poderiam levar seus filhos e filhas e participar dos espaços promovidos no encontro. De acordo com o DCE, a média de participantes foram de 110 mulheres e 7 crianças.

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No campus da Paralela, a mesa de abertura teve o tema de “Pra avançar contra o machismo, para que todas sejamos livres”.  Jessy Dayane, diretora da UNE de políticas educacionais, ressaltou a importância de eventos como o EM, ” Isso é um marco na história, o acesso das mulheres na universidade, tanto nas publicas quanto nas particulares, tem proporcionado uma possibilidade da construção desse tipo de espaço, e esse tipo de espaço, faz com que o debate sobre a política brasileira, não seja um privilégio de poucos.” Jessy  fez uma analise de conjuntura geral  do pais e como o capitalismo patriarcal atinge as vidas das mulheres, segundo ela as principais características desse governo, foi tentar ampliar o papel do estado, antes do governo Dilma e Lula o Brasil tinha cerca de 11% da juventude nas universidades publica e privada, os outros 89% não tinham acesso a educação. Com as políticas educacionais do governo, este índice subiu para 17%, ou seja, apesar dessas políticas, mais da metade da juventude brasileira ainda não tem como ingressar o ensino superior, “Deveria ser um direito básico, embora existam algumas políticas sociais, que beneficiou alguns setores da classe trabalhadora,dos pobres do país, não houve reformas radicais, aprofundadas. Foram medidas que avançaram, mas não foram na raiz do problema” afirma Jessy.

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“Gostaria de ressaltar que entre os progressos desse governo,a importância do bolsa família, que coloca a mulher como centro da família, ela vai ser a administradora e passa a assumir um espaço de poder dentro da família.  Isso é um avanço histórico imenso para a gente” relatou Aline, diretora do Senge Estudante. Ao falar da luta sindical por parte das mulheres, aponta a invisibilidade na luta, ” Ou gente é anulada ou nossa história não é contada” afirma a diretora do Senge Estudante. Essa invisibilidade é refletida diretamente nos sindicatos, onde a grande maioria é de homens. Ela aponta o Senge Bahia como um símbolo de mudança, já que possui um numero equilibrado entre homens e mulheres em sua diretoria.

IMG_3552No segundo dia de programação as participantes contaram com rodas de conversas com diversos temas, como “A violência contra a mulher, não é o mundo que a gente quer!” e ” A realidade das mulheres no mercado de trabalho brasileiro”, onde foi conversado a realidade concreta das mulheres na universidade e através desse debate a busca por soluções estratégicas de enfrentamento a violência, propondo mudanças e avançando nas conquistas que apontem para uma universidade mais justa.

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No dia 19 de março, sábado, Júlia Garcia, representando o Sindicato dos Engenheiros da Bahia (SENGE), facilitou a roda de conversa de “Direito à Cidade e a vida das mulheres”, tema de grande relevância, ainda mais nas grandes capitais, como Salvador, em que os impactos da urbanização corporativa são altamente excludentes, principalmente para as mulheres trabalhadoras. A geógrafa afirmou: “A cidade na sociedade capitalista é uma mercadoria e um campo de batalha, em uma série de relações conflituosas, que envolvem o capital especulativo, industrial e financeiro; os moradores; o Estado e os Movimentos Sociais em resistência”.

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O SENGE apoiou a iniciativa do DCE da UNIJORGE e compreende a importância da organização estudantil e da proximidade dos sindicatos com as entidades como o DCE e os DA´s, para que os jovens, que logo estarão no mercado de trabalho, compreendam também a importância de se filiarem às entidades de classe e lutarem enquanto categoria.

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