Lindbergh Faris quer antecipar a desefa do impeachment!

Com o intuito de “denunciar o golpe ao mundo” durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o líder da minoria no Senado, Lindbergh Faris(PT-RJ),  iniciou uma articulação para que ocorra uma antecipação em uma semana para que a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, entregue a sua parte nas alegações finais do processo de impeachment.

De acordo com o cronograma atual, o julgamento em plenário que pode cassar definitivamente o mandato de Dilma ocorreria entre os dias 22 e 26 de Agosto.  A Olimpíada terá seu encerramento juntamente um dia antes do julgamento, no dia 21 de Agosto.

Apesar de ter o prazo de 15 dias para a entrega das alegações, caso a defesa se antecipe em uma semana, o trâmite se adianta e o julgamento pode acontecer entre os dias 15 e 19 de agosto.
Para Lindbergh, a acusação quer fugir do impacto internacional, por isso é importante que o mundo acompanhe o que está acontecendo. “ Todo mundo está tratando o que está acontecendo no Brasil como um golpe parlamentar. A repercussão no mundo é essa” afirmou o senador.  Lindbergh  vai conversar com o advogado da presidente afastada, José Eduardo Cardozo, para convencê-lo da estratégia.

Ontem, ambas as partes apresentaram laudos analisando as conclusões que foram apresentadas pela perícia realizada por técnicos do Senado. Para a acusação, Dilma não efetuou diretamente nenhum ato nas chamadas pedaladas fiscais. “Nenhuma fraude é reconhecida pelo autor por meio de aposição de assinatura, tendo em vista que o objeto é precisamente o acobertamento” afirma Selene Péres Nunes, assistente técnica indicada pelos advogados que apresentaram a denúncia.

“Os decretos foram editados para conferir autorização legal a solicitações dos ministérios. A assinatura da presidente configura, apenas, uma homologação das solicitações técnicas” defendem Ricardo Lodi Ribeiro e Rodrigo Octávio Orair, advogados escolhidos pela defesa para a formulação do laudo,  que contestou as conclusões de que os decretos de crédito suplementar foram editados ilegalmente e são um ato com assentimento da presidente e de que pedaladas se caracterizam como operação de crédito, o que é proibido pela lei.

Ontem, Ricardo Lewandowski,  presidente do Supremo Tribunal Federal, negou novamente o pedido da defesa da presidente Dilma para que delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado fizesse parte do processo de impeachment.

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